DANORÂMICO apresenta: AS "PUTAS" DA TV!

2 de Junho é dia delas(es): QUENGAS, PUTAS, PROSTITUTAS, MERETRIZES, MULHERES FÁCEIS, DA VIDA, COCOTAS, LEVIANAS, ROSAS PALMEIRÕES, RAMEIRAS, GAROTAS DE PROGRAMA, ACOMPANHANTES, MICHÊS, SCORTS, MARIAS MACHADÕES, PUTANA, XXXGIRL, XXXBOY, BOY, entre muitas outras nomenclaturas que tentam definir, estigmatizar, rotular, catalogar essas muitos(as) PROFISSIONAIS DO SEXO.

Apesar do enorme preconceito que sofrem, a classe existe desde sempre. Até a Bíblia tem seu exemplo clássico: Maria Madalena.

Presentes ao longo da história, "putas" e "putos" passaram por diferentes fases e níveis na sociedade, contraindo a ira e até a admiração de comunidades, países inteiros.

Para homenagear essas pessoas que são, de certa forma, essenciais para o mantenimento da ordem e da satisfação da vida em sociedade, servindo como verdadeiros psicólogos(as) de homens e mulheres frustrados ou inseguros, o DANORÂMICO relembra quem foram as PROFISSIONAIS DO SEXO mais famosas da arte e história brasileiras!

E vamos lá...

Pra você entrar no clima, dá uma "ouvidinha" nessa canção...



Pra abrir com chave de ouro, ela, o maior mito belo-horizontino de todos os tempos:

HILDA FURACÃO.


Imortalizada por Ana Paula Arósio numa minissérie da Globo de 1998, Hilda não existiu, pelo menos não como no livro do mineiro Roberto Drummond. A verdadeira Hilda não pertencia à aristocracia da capital, mas era realmente "puta". Ela tornou-se namorada do jogador de futebol Paulinho Valentim, que foi atacante do Botafogo e Atlético Mineiro de 1950 a 1960. Foi o jogador que a tirou da vida de meretrício, casando-se com ela e em seguida se mudando para a Argentina.


Paulinho Valentin e Hilda.

Hilda causou furor na década de 50 em Belo Horizonte justamente por ser retirada do "puteiro" por um ídolo de todo o estado, e não por ter pertencido a uma família da elite, nem por ter se envolvido com um padre. Roberto Drummond apenas se inspirou na verdadeira Hilda para escrever o livro. Outros personagens reais inspiraram personagens fictícios livremente romanceados, caso de Cintura Fina e Maria Tomba-Homem.

DONA BEIJA.


Eis outra mineira que se tornou prostituta e causou furor. Foi Imortalizada por Maitê Proença na telenovela Dona Beija, da extinta TV Manchete, em 1986. Dona Beija foi, na realidade, Ana Jacinta de São José, nascida em 1800, em Formiga, Minas Gerais. Ainda criança, mudou-se para Araxá, onde sua beleza chamou atenção de homens e despertou inveja das mulheres. Ana tornou-se noiva do fazendeiro Manoel Fernando, por quem era perdidamente apaixonada. Foi ele quem a apelidou de Dona Beija, referindo-se a doçura de seu beijo.

Ana foi então raptada e obrigada a viver como amante do Ouvidor do Império, Joaquim Motta, que a manteve em cárcere por mais de dois anos. Quando conseguiu se libertar, Ana, a Dona Beija, retornou a Araxá, mas foi recebida com hostilidade pela população, que a considerava uma mulher sedutora e adúltera, e não uma vítima como de fato era.

Manoel Fernando já havia se casado e a tratava com total desprezo, pensando que ela havia fugido para se tornar amante de outro homem. Como vingança, Dona Beija tornou-se então prostituta, vindo a ser amante de todos os homens de Araxá que pudessem pagar por seus "serviços". 

CAPITU - LAÇOS DE FAMÍLIA.


Quando se fala em Laços de Família, a primeira cena que vem a cabeça de todo mundo com certeza é: CAROLINA DIECKMANN RASPANDO A CABEÇA. Ok. A novela de Manoel Carlos que lançou Gianechinni foi responsável por projetar de uma vez por todas a atriz Giovanna Antonelli, que interpretava Capitu, a prostituta boazinha que só queria garantir o futuro do filho.

Capitu foi responsável por cenas quentes na novela, além de polêmicas que envolviam a elite carioca, sempre retratada com exagero por Maneco.

BEBEL - PARAÍSO TROPICAL.


Impossível não gostar de Bebel, a garota de programa com mais "catiguria" da TV roubou a cena na novela Paraíso Tropical. Quase ninguém se lembra da protagonista, Alessandra Negrini, no papel duplo de gêmeas, Paula e Thaís, mas todos se lembrar de Camila Pitanga e sua Bebel.

LADY KATY - ZORRA TOTAL.


Síntese de que a arte imita a vida, Lady Katy, personagem criada por Katiuscia Canoro, foi pobre, "puta" na casa de Madame Sophie e encontrou um certo senador que transformou sua vida num conto de fadas. Apesar de nunca dizer com todas as letras que ganhava a vida fazendo ponto, a "profissão" fica clara nas entrelinhas. Lady Katy é a figura "dona" de um dos bordões mais famosos do país: "Tô pagaaaaaaano".

VANESSÃO 


Não, ela não morreu, e bem provavelmente você a encontrará debaixo de um "pé de arvore" cobrando "fintchy" reais pelo "cat". Esse "rapaz que prefere ser chamado de moça" virou uma mega celebridade no Brasil em 2008 depois de protagonizar um barraco no canal local de Ji-Paraná, nos rincões de Rondônia.

 Apesar da fama colossal que Vanessão atingiu em todo o país, a "moça" nunca deu as caras na TV, onde com certeza seria disputada a tapas e onde com certeza lucraria muito mais que meros vinte reais.

 Se você não conhece Vanessão então você não é, no mínimo, desse país. Veja...



JACUTINGA - RENASCER.



Falou em novela da Globo que se passa no Nordeste falou em "puta", ou melhor, em "quenga". Jacutinga, interpretada por Fernanda Montenegro em 1993, na novela Renascer, de Benedito Ruy Barbosa, é a responsável por tornar popular a expressão "quenga", que se refere às moças de "vida fácil".

ZENILDA DE HOLANDA - CAMÉLIAS - A INDOMADA.


Mais uma novela que se passava no Nordeste e que tinha seu puteiro. A "Casa de Campo" era o lar das camélias e de sua "puta-mãe", a cafetina Zenilda de Holanda. Quem assistiu a novela com certeza se lembra de Eva Wilma como a histórica Maria Altiva Pedreira de Mendonça e Albuquerque misturando inglês com português e batendo boca com alguma "quenga" da novela.

ROSA PALMEIRÃO - PORTO DOS MILAGRES.


A parada agora é Porto dos Milagres, de 2001. A novela que marcou as vilanias de Adma Guerreiro e seu anel recheado de veneno, também trouxe Luísa Tomé sob o comando do puteiro mais famoso de toda a região.

MARIA MACHADÃO - GABRIELA


A Globo já está anunciando a estreia do remake de Gabriela, do baiano Jorge Amado. O livro foi adaptado para a TV duas vezes, em 1960 para a TV Tupi e 1975 na Globo. Em ambas as vezes Maria Machadão foi retratada comandando seu bordel na pequena Ilhéus da década de 20. Em 2012 a novela traz Ivete Sangalo no papel da cafetina. Em 75, quem a interpretou foi Eloísa Mafalda.

BRUNA SURFISTINHA - RAQUEL PACHECO.


Déborah Secco foi Bruna Surfistinha no cinema, que é Raquel Pacheco, a garota adotada, de família de classe média que saiu de casa para se prostituir, fez pequenas fortunas e se envolveu com drogas pesadas. Raquel criou o sucesso sexual Bruna, gravou filme pornô, fez de seu blog um sucesso no ramo, escreveu livro, que virou filme e que a tornou celebridade. É a prova maior que, com inteligência e muita força de vontade, até vida de "puta" pode ser um negócio pra lá de lucrativo.

Já a parcela de homens interpretando garotos de programa na televisão brasileira é bem menor que a de mulheres. Mesmo assim, destacamos três personagens masculinos de novelas que se deitavam por dinheiro...

MATEUS - BELÍSSIMA.

O ano era 2006 e a novela era Belíssima. Cauã Reymond, em seu primeiro papel de destaque na Globo, interpretava Mateus, jovem rapaz que mentia para a família sobre fazer faculdade e que, na verdade, era garoto de programa. Passou a novela toda se envolvendo com Ornela, personagem de Vera Holtz. Terminou a trama em Paris com a vilã, Bia Falcão, interpretada por Fernanda Montenegro.

MARCOS - CELEBRIDADE.


Em 2003, no grande sucesso das 8, Celebridade, Márcio Garcia deu vida ao "cachorrão" e "michê", Marcos Rangel. Sempre aliado à grande vilã, Laura Prudente da Costa. O rapaz terminou como sua amante, morto e anônimo.

LEANDRO - FINA ESTAMPA.


Quem assistiu Fina Estampa com o inesquecível Crô, com certeza se lembra do polêmico Leandro. O rapaz que tinha talento para o crime acabou se tornando garoto de programa e morador de rua. Encontrou salvação para todos os seus problemas no esporte, mais precisamente no UFC, nova paixão da Globo.

by Dan Penido.


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